O vereador Franklin Schmalz (PT), da Câmara Municipal de Dourados, está liderando a articulação para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar as responsabilidades dos gestores públicos envolvidos no que vem sendo denominado “escândalo da Saúde” no município.
Em pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal, o parlamentar abordou, entre outros temas, o financiamento da saúde pública em Dourados, destacando a crítica à retirada do pagamento da insalubridade dos funcionários do Hospital da Vida e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A proposta de instalação da CPI surgiu durante a fala do vereador, que também questionou a qualidade da gestão e a destinação dos recursos no setor.
A situação da saúde pública em Dourados se agravou com uma vistoria realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, que encontrou materiais vencidos e impróprios para o uso no valor de R$ 445.960,87. Esse montante será desperdiçado, já que os itens deverão ser descartados. Dentre os materiais inutilizados, destacam-se produtos odontológicos, seringas, agulhas, insumos para exames preventivos e de sangue, além de quase 500 kg de filme para raio-X e 75 mil potes para coleta de urina e fezes. Também serão descartados itens como escovas cervicais, materiais para sutura, cateteres, aventais e conjuntos de nebulização.
Para o vereador Schmalz, a principal causa dos problemas no setor da saúde é a gestão ineficiente, que, segundo ele, está também associada à corrupção. “A situação é grave e exige uma apuração rigorosa. As pessoas não podem sair impunes quando cometem erros na administração pública. São quase meio milhão de reais em prejuízo. Esse valor mostra onde as falhas de gestão estão ocorrendo”, declarou o parlamentar.
Ele concluiu afirmando que a investigação é essencial para garantir a responsabilização dos envolvidos e a transparência no uso dos recursos públicos destinados à saúde.
