Nesta terça-feira (21), Donald Trump afirmou que estaria disposto a considerar a venda do TikTok para o bilionário Elon Musk, caso ele demonstrasse interesse. “Eu estaria aberto, se ele quiser comprar”, disse Trump a repórteres, quando questionado sobre a possibilidade da transação.
O TikTok, aplicativo de vídeos curtos com 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, foi temporariamente retirado do ar para os norte-americanos após a entrada em vigor, no domingo (19), de uma nova lei que obriga a venda da plataforma pela controladora chinesa ByteDance, ou a sua proibição no país, por questões de segurança nacional.
No dia anterior, Trump havia assinado um decreto para adiar por 75 dias a implementação da lei, após alertas de autoridades americanas sobre os riscos de o aplicativo comprometer dados de cidadãos dos EUA. Na terça-feira, o TikTok ainda estava indisponível para download nas lojas de aplicativos da Apple e Android nos Estados Unidos.
Trump, que se reuniu com os donos do TikTok, sugeriu que poderia instruir alguém a comprar o aplicativo e destinar metade do valor para os Estados Unidos. “O que eu estou pensando é dizer para alguém: ‘compre e dê metade para os Estados Unidos’”, comentou.
A proposta gerou críticas de defensores da liberdade de expressão, que se opõem à proibição do TikTok com base na nova lei sancionada pelo ex-presidente Joe Biden. A empresa, por sua vez, defende que as autoridades americanas distorcem suas conexões com a China, destacando que seus dados são armazenados em servidores nos Estados Unidos, operados pela Oracle, e que a moderação de conteúdo ocorre também no país.
Elon Musk, que investiu mais de 250 milhões de dólares para ajudar Trump na eleição de 2020, comentou a disparidade entre as relações comerciais dos EUA e da China. “Sempre fui contra a proibição do TikTok, pois isso vai contra a liberdade de expressão. No entanto, a situação atual é desequilibrada, já que o TikTok pode operar nos EUA, mas o X não tem permissão para atuar na China”, afirmou Musk, que é proprietário da plataforma X.
Com informações da Reuters
