Juiz do Tribunal de Apelações de Nova York rejeitou, nesta terça-feira (7), o pedido do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para adiar sua sentença no caso envolvendo o pagamento para silenciar a atriz de filmes adultos, Stormy Daniels. A decisão foi tomada pela juíza associada Ellen Gesmer, que rapidamente negou a solicitação após uma breve audiência. No entanto, o presidente eleito não deve ser preso.
Trump havia solicitado a suspensão da sentença, marcada para sexta-feira (10), enquanto apelava da sua condenação. O pedido foi feito depois que o juiz de primeira instância, Juan Merchan, rejeitou sua tentativa de postergar a sentença. Durante a audiência, o advogado de Trump, Todd Blanche, argumentou que a decisão de julho da Suprema Corte, que garantiu imunidade presidencial, deveria ser levada em consideração, já que Trump é presidente eleito.
Blanche, nomeado para ser vice-procurador-geral na nova administração, defendeu que a sentença deveria ser adiada enquanto o recurso é analisado, argumentando que a situação não tem precedentes. Ele também ressaltou que a imunidade presidencial deveria proteger Trump neste caso.
Gesmer questionou se havia algum precedente para estender a imunidade presidencial a um presidente eleito, enquanto o chefe do Gabinete do Procurador Distrital de Manhattan, Steven Wu, refutou os argumentos de defesa, apontando que a sentença de uma hora não interferiria nas responsabilidades de Trump. “A sentença tem que acontecer em algum momento, certo?”, disse Wu.
Trump foi condenado por 34 acusações de falsificação de registros comerciais, mas continua a alegar que a decisão da Suprema Corte sobre imunidade presidencial deveria anular a condenação. Merchan, embora tenha rejeitado os argumentos apresentados pela defesa, indicou que não aplicaria punição imediata a Trump, mantendo a sentença marcada para sexta-feira.