O deputado federal, Rodolfo Nogueira (PL/MS), é o primeiro integrante do Partido Liberal a anunciar, oficialmente, apoio à entrada do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja na sigla bolsonarista. Ele foi ainda mais longe, ainda, ao confirmar que o PL deve apoiar a reeleição do atual governador e a candidatura de Reinaldo Azambuja (PSDB) ao Senado, cabendo aos bolsonaristas ocupar a segunda vaga na chapa senatória.
Conhecido como o político em Mato Grosso do Sul (com mandato) mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Rodolfo Nogueira quebra um movimento dentro do PL de resistência à ida dos tucanos. “Há um acordo liderado pelo senador Rogério Marinho com Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel (PSDB) para a eleição de 2026, onde o atual governador será o candidato a reeleição e o ex-governador ao Senado”, afirma Nogueira.
“Uma nova conversa está marcada para fevereiro, onde devem ser acertados os detalhes da filiação”, comenta Nogueira. Apesar da vaga para Reinaldo, o deputado federal ressalta que, para a próxima eleição, serão dois candidatos ao Senado e que o Estado será prioridade para Bolsonaro, com o lançamento de dois candidatos do grupo. Por enquanto, não existem nomes confirmados entre os bolsonaristas para compor a chapa na disputa pelo Senado.
“O presidente Bolsonaro quer eleger o maior número de senadores pelo Brasil e Mato Grosso do Sul, como um estado conservador, com maioria de votos da direita. Você pega, por exemplo, os votos da senadora Tereza Cristina e a eleição de deputados federais. Então, Mato Grosso do Sul será um dos Estados, assim como Mato Grosso, Santa Catarina, entre outros, onde nosso grupo terá dois candidatos”, justificou.
Resistência
A possível chegada de Azambuja e Riedel enfrenta resistência dentro do PL. Entre os maiores opositores está o deputado estadual João Henrique, único opositor de Riedel na Assembleia Legislativa, e Marcos Pollon, que classifica o PSDB como partido de esquerda, demonstram resistência. Pollon ainda acusa o PSDB de desfazer a maioria das candidaturas a prefeito que ele havia definido para as eleições de outubro.
A possível entrada de Riedel e Reinaldo no PL será mais um teste para a fidelidade e obediência dos bolsonaristas à decisão do ex-presidente de receber os tucanos no partido sendo que a primeira vez foi eleição do ano passado quando tiveram que abrir de candidaturas a vereadores e prefeitos para apoiar candidatos do PSDB, dentre eles o deputado federal Beto Pereira que concorreu a prefeitura da Capital e não chegou nem a ir para o segundo turno.
PSDB
A filiação de Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, para o Partido Liberal (PL) tem provocado resistência também dentro do PSDB. Os deputados federais do PSDB, como Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, se opõem à filiação ao partido bolsonarista.
Dagoberto afirma que Azambuja não irá para o PL e que o partido avalia a possibilidade de fusão com outras siglas. “Acredito que o Reinaldo deve permanecer no partido que deverá resultar da fusão entre o PSDB e o PSD, finaliza Dagoberto.
Foto: Arquivo/Correio do Estado