A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, estará em Campo Grande nesta terça-feira (20) para tratar com o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o presidente regional do partido, Reinaldo Azambuja, sobre o processo de fusão entre o PSDB e o Podemos, que já está em andamento em Brasília. A deputada federal por São Paulo buscará o apoio das duas principais lideranças tucanas no estado para avançar com a proposta de união entre as siglas.
Nas últimas duas semanas, tanto Riedel quanto Azambuja se encontraram com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que estendeu a eles o convite para se filiarem à sigla ou para apoiar a fusão entre PSDB e PSD. Além disso, na semana passada, uma reunião foi realizada com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, que fez um apelo para que as lideranças estaduais dos tucanos permaneçam no partido, que luta para manter sua relevância política, após a perda de representatividade nas últimas eleições.
O objetivo das direções nacionais dos partidos é encontrar uma solução para a cláusula de barreira, que dificulta a distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral e reduz o espaço de propaganda no horário eleitoral gratuito. Em Mato Grosso do Sul, o Podemos é presidido pela senadora Soraya Tronick, que já anunciou sua intenção de buscar a reeleição.
Caso a fusão se concretize, o Podemos e o PSDB, juntos, poderão somar um total de R$ 381.189.494,95, garantindo o sétimo maior valor do Fundo Eleitoral, superando o Republicanos e ficando muito próximos dos R$ 404,6 milhões do MDB.
Com a união, as duas siglas passariam a ter, juntas, o quinto maior número de vereadores em todo o Brasil, com 5.330 no total — sendo 2.330 do Podemos e 3.000 do PSDB. Assim, ficariam atrás apenas de MDB (8.109), PP (6.953), PSD (6.620) e União Brasil (5.493), ultrapassando PL (4.958), Republicanos (4.651), PSB (3.591), PT (3.129) e PDT (2.503) no ranking dos dez maiores partidos.
