Um pastor evangélico de 59 anos foi preso sob acusação de cometer uma série de crimes sexuais, incluindo estupro e posse sexual mediante fraude. A prisão ocorreu durante uma investigação conduzida pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), que desvendou um esquema abusivo envolvendo jovens em situação de vulnerabilidade social.
De acordo com as investigações, o acusado se aproveitava de sua posição como líder religioso para atrair as vítimas, alegando que poderia ajudá-las a superar dificuldades. Ele convencia as jovens de que precisavam passar por “limpezas espirituais” e, sob esse pretexto, as obrigava a morar em sua residência. Uma vez lá, as vítimas eram submetidas a abusos sexuais e ameaçadas com a possibilidade de sofrerem “males espirituais” caso se recusassem a cooperar.
Além disso, o pastor ameaçava familiares das vítimas, afirmando que os mataria se elas revelassem os abusos. Os crimes, que teriam começado em 2023, foram descobertos após buscas na casa do acusado, onde foram encontradas anotações detalhadas sobre a intimidade das jovens, incluindo o controle de seus ciclos menstruais.
A Polícia Civil suspeita que outras jovens possam ter sido vítimas do criminoso e investiga a possibilidade de novos casos. O pastor está sob custódia, e as investigações continuam para apurar a extensão dos crimes e identificar outras vítimas.
O caso choca a comunidade e levanta questões sobre a exploração de posições de poder e confiança de “líderes” religiosos para a prática de crimes hediondos.