Mais um feminicídio em MS: Homem mata companheira a facadas e se entrega à polícia; é o 7º caso em 2025

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A 1ª Promotoria de Justiça de Nioaque, município a 184 km de Campo Grande, está monitorando as investigações do feminicídio que vitimou Alessandra da Silva Arruda, 30 anos, na manhã de sábado (29). O crime ocorreu no bairro São Miguel, onde a vítima foi esfaqueada pelo companheiro, Venilson Albuquerque Marques, 32 anos, com quem mantinha um relacionamento recente.

Este já é o sétimo feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul apenas em 2025, reforçando um cenário alarmante de violência contra a mulher no Estado.

Crime brutal e prisão preventiva

De acordo com as investigações, Venilson atacou Alessandra com múltiplos golpes de faca dentro da residência do casal. Após o crime, ele fugiu, mas se entregou à polícia horas depois, sendo preso em flagrante. A Polícia Civil e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) solicitaram a prisão preventiva, que foi deferida pela Justiça.

A decisão judicial considerou a extrema violência do crime, cometido no ambiente doméstico, e a necessidade de garantir a ordem pública. A região de fronteira com o Paraguai foi citada como um possível facilitador para a fuga de criminosos, mas o acusado não conseguiu escapar da ação policial.

Cena do crime e atendimento

A Polícia Militar chegou ao local por volta das 7h do sábado, após chamado de vizinhos. Cerca de 30 minutos depois, uma ambulância UTI Móvel constatou que Alessandra já não apresentava sinais vitais. Testemunhas e familiares relataram que o casal não tinha histórico de agressões anteriores, o que torna o crime ainda mais chocante.

O MPMS destacou a importância da denúncia em casos de agressão doméstica. A população pode acionar o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou procurar a delegacia mais próxima para registrar ocorrências.

Campanhas de conscientização e ações integradas entre polícia, Judiciário e rede de apoio têm sido veiculadas no Estado, mas os números ainda preocupam. Especialistas alertam que muitos casos poderiam ser evitados com intervenção precoce e apoio às vítimas.

Enquanto a Justiça avança no processo contra o acusado, a comunidade de Nioaque se mobiliza em apoio à família de Alessandra, mais uma vítima da epidemia de violência contra mulheres no Brasil.

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