Mais um Feminicídio em MS: em Dourados, Juliana Domingues é a terceira vítima em 2025

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O Estado de Mato Grosso do Sul registrou, na noite desta terça-feira (18), mais um feminicídio. Juliana Domingues, de 28 anos, foi brutalmente assassinada com golpes de facão na cidade de Dourados, no interior do Estado. O crime aconteceu na frente do filho de 8 anos, que assistiu à violência. O principal suspeito, o marido da vítima, Wilson Garcia, fugiu após o homicídio e ainda não foi localizado. Este é o terceiro feminicídio registrado no Estado em 2025, um cenário alarmante que preocupa autoridades e a sociedade. O caso ocorre apenas seis dias após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, em Campo Grande, que gerou forte repercussão, principalmente por envolver falhas no sistema de proteção à mulher.

O Ministério das Mulheres segue com esforços para fortalecer o atendimento às mulheres vítimas de violência em MS. Nesta terça-feira, a pasta encaminhou ao Colegiado Gestor um relatório contendo propostas para melhorar o atendimento na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande. O documento foi elaborado após visita técnica realizada no último domingo (16) e tem como objetivo aprimorar os fluxos de atendimento, prevenindo e combatendo a violência extrema contra as mulheres, como os casos recentes de feminicídios.

O documento também sugere diversas ações para melhorar o atendimento, como o uso do Sistema IRIS/UNA para integração dos registros de atendimentos, o treinamento contínuo de profissionais com foco na perspectiva de gênero e a criação de grupos de trabalho para o estudo de casos de risco. Além disso, foram propostas melhorias específicas para cada órgão envolvido no atendimento às vítimas de violência.

Este movimento ocorre no contexto de uma crescente necessidade de medidas mais eficazes para a proteção das mulheres no estado, especialmente após o recente feminicídio de Vanessa Ricarte, uma jornalista que foi assassinada pelo ex-noivo em Campo Grande. O caso gerou grande comoção e levanta questões sobre a efetividade dos protocolos de segurança.

Foto: Fernando Frazão/Ag.Brasil