Endividamento das famílias em Campo Grande cresce levemente em fevereiro

Economia

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), conduzida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelou que o índice de famílias endividadas em Campo Grande apresentou um leve aumento em fevereiro, subindo para 64,9%, contra 64% registrados no mês anterior.

Regiane Dedé de Oliveira, economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF/MS), explica que o endividamento, por si só, não é negativo, desde que esteja alinhado ao planejamento orçamentário e não resulte em inadimplência. Segundo a economista, “a compra a prazo é uma prática relevante e ajuda a impulsionar a economia local. Um indicador positivo foi a queda no índice de famílias com contas em atraso, que diminuiu de 28,2% em janeiro para 27,5% em fevereiro, sugerindo que os consumidores estão se organizando de maneira mais eficiente em suas finanças.”

Por outro lado, o percentual de famílias endividadas que enfrentam dificuldades para honrar seus compromissos financeiros teve uma leve elevação, subindo de 11,4% em janeiro para 11,7% em fevereiro. O endividamento abrange contas parceladas, como cheque especial, cartões de crédito, crédito pessoal, prestações de casa e carro, e crédito consignado, enquanto a inadimplência ocorre quando esses pagamentos não são realizados.

O levantamento também revelou que o cartão de crédito segue como o principal meio de endividamento, sendo citado por 75,4% dos entrevistados. Em seguida, destacam-se os carnês (20,1%) e o crédito pessoal (11,5%). Os financiamentos de imóveis e veículos vêm logo depois, com 8,4% e 8,3%, respectivamente.

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