Até o dia 15 de fevereiro, o Brasil havia registrado 108.410 casos e 511 mortes em decorrência da Covid-19. Em Mato Grosso do Sul, os números eram de 328 casos e 3 óbitos pela doença. Esses dados referem-se à Semana Epidemiológica (SE) 7, período em que o país reportou 13.709 novos casos de Covid-19 e 82 mortes associadas à doença. Para especialistas, o cenário atual exige vigilância e cautela, especialmente diante do risco de novas variantes do coronavírus, que podem surgir com maior capacidade de transmissão.
Segundo o infectologista Manuel Palácios, a situação no Brasil, embora mais controlada do que nos picos da pandemia, não deve ser subestimada. “O número de casos e óbitos diminuiu, mas a circulação de novas variantes do vírus pode levar a um aumento na quantidade de casos. Precisamos manter atenção redobrada”, alerta o especialista.
A chegada do Carnaval, marcada para os dias 3, 4 e 5 de março, acende um sinal de alerta. Durante esse período, as aglomerações e os deslocamentos para diferentes estados e cidades podem favorecer a disseminação da doença. Para Palácios, o grande volume de pessoas reunidas em espaços fechados e mal ventilados aumenta o risco de transmissão do coronavírus e de outras doenças respiratórias.
O infectologista reforça a recomendação de evitar aglomerações, principalmente em ambientes fechados. O uso de máscaras em locais com maior risco de contaminação, como transporte público, festas e shows, também é essencial. Além disso, manter a vacinação contra a Covid-19 em dia, especialmente a dose de reforço, continua sendo a principal medida de proteção contra formas graves da doença.
“É fundamental que todos que ainda não tomaram a dose de reforço se vacinem, pois a imunização é a principal forma de prevenir casos graves de Covid-19. Durante o Carnaval, monitorar os sintomas é crucial. Se alguém se sentir mal, deve procurar atendimento médico e evitar sair de casa para prevenir a propagação do vírus”, orienta Palácios.
Covid-19 no Brasil
Embora a média móvel de casos tenha diminuído 7,2% e a de óbitos 24,2% na comparação com a SE 6, o Ministério da Saúde emitiu um alerta para o Carnaval, que pode impulsionar a transmissão do coronavírus. Dados do Informe de Vigilância das Síndromes Gripais indicam que algumas unidades da federação, como Mato Grosso, Ceará, Roraima, Distrito Federal e Minas Gerais, apresentam taxas elevadas de incidência, variando de 13,8 a 41,6 casos por 100 mil habitantes.
O Ceará liderou o número de novos casos na última semana epidemiológica, com 3.567 registros, seguido de Minas Gerais, que reportou 2.939 casos. Em contrapartida, Minas Gerais também registrou o maior número de óbitos por Covid-19 no período, com 36 mortes. A taxa de incidência em Minas Gerais ficou em 59,94 casos por 100 mil habitantes, e Belo Horizonte, a capital do Estado, notificou 292 novos casos e 11 mortes pela doença.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil