Nesta quarta-feira, 12 de março, o Brasil marca o Dia Nacional em Memória das Vítimas da Covid-19, uma data que homenageia os mais de 715 mil brasileiros que perderam a vida para a doença e relembra a primeira morte registrada no país, em 2020: a de Rosana Aparecida Urbano, no Hospital Municipal Dr. Carmino Cariccio, em São Paulo.
A pandemia de Covid-19 transformou a vida de milhões de pessoas, deixando um rastro de dor, desamparo e luto. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, mais de 11 mil mortes foram registradas durante o período mais crítico. Mesmo após cinco anos, o vírus ainda faz vítimas: somente em 2025, o Brasil contabilizou 664 óbitos pela doença.
No Estado, dois parlamentares perderam a vida para a doença: os deputados Onevam de Mattos (PSDB) e Cabo Almi (PT). Os óbitos aconteceram em 2021. Também foram vítimas da doença, o repórter fotográfico, Valdenir Rezende, e o jornalista Guilherme Filho, além de milhares de outras pessoas.
A pandemia foi oficialmente declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020, quando o diretor-geral Tedros Adhanom alertou o mundo sobre a disseminação global do vírus. Na época, o Brasil tinha apenas 52 casos confirmados, sendo o primeiro registrado em 26 de fevereiro de 2020, também em São Paulo. Desde então, o país enfrentou uma das maiores crises sanitárias de sua história, com mais de 39 milhões de casos confirmados e um sistema de saúde colapsado, especialmente durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A doença também atingiu figuras públicas e profissionais essenciais. Em 2021, dois parlamentares de Mato Grosso do Sul perderam a vida para a Covid-19: os deputados Onevan de Mattos (PSDB) e Cabo Almi (PT). Além deles, o fotógrafo Valdenir Resende e o jornalista Guilherme Filho foram vítimas da doença, deixando um vazio em suas comunidades e profissões.
Desafios Contínuos
Apesar dos avanços no combate à Covid-19, a doença ainda representa um desafio para a saúde pública. Embora a situação tenha melhorado significativamente, a manutenção dos cuidados básicos, como higiene e distanciamento em casos de surtos, continua essencial para prevenir novas infecções e proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis.
Cinco anos após o início da pandemia, o conhecimento sobre a doença, inicialmente descrita como uma “pneumonia desconhecida”, evoluiu consideravelmente. Hoje, a humanidade tem maior controle sobre o vírus, que já matou mais de 7 milhões de pessoas em 229 países e territórios. As vacinas desempenharam um papel crucial nesse cenário, mas a vigilância permanece fundamental. Sistemas de monitoramento fornecem dados que ajudam a orientar atualizações anuais das vacinas e estratégias de prevenção.
No entanto, ainda há muito a ser feito. A cobertura vacinal precisa ser ampliada, principalmente entre populações de difícil acesso ou com resistência à imunização. Além disso, a comunidade científica segue atenta às mutações do vírus, que continuam a desafiar a medicina e exigir respostas rápidas e eficazes.
Neste dia de memória, é importante honrar as vidas perdidas, reconhecer a resiliência dos sobreviventes e reforçar o compromisso com a saúde pública, para que tragédias como a da Covid-19 não se repitam.