Nesta terça-feira (14), negociações de cessar-fogo foram retomadas em Doha, no Catar, com a expectativa de que um acordo seja alcançado para encerrar a guerra em Gaza. A iniciativa segue após o presidente dos EUA, Joe Biden, indicar que um acordo envolvendo a cessação das hostilidades e a libertação de reféns estava próximo.
Mediadores apresentaram um rascunho final da resolução a Israel e ao Hamas na segunda-feira (13), após um avanço nas discussões durante a madrugada. Entre os envolvidos nas negociações estão representantes dos governos dos EUA e de Israel, além de enviados do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
O emissário de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o enviado de Biden, Brett McGurk, participaram das tratativas organizadas pelo primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani. Israel está sendo representado por David Barnea, diretor do serviço de espionagem Mossad, e Ronen Bar, diretor da agência de segurança interna Shin Bet.
Segundo Biden, se o acordo for bem-sucedido, ele permitirá a libertação dos reféns, a interrupção do conflito, garantias de segurança para Israel e um aumento significativo da assistência humanitária aos palestinos, que sofrem enormemente com a guerra iniciada pelo Hamas. “O acordo… libertaria os reféns, interromperia os combates, proporcionaria segurança a Israel e permitiria a ajuda humanitária a milhões de palestinos”, afirmou Biden.
Se concretizado, o cessar-fogo em fases poderá pôr fim a uma guerra que devastou Gaza, matou dezenas de milhares de palestinos e deixou a maior parte da população sem abrigo. O conflito também alimentou tensões no Oriente Médio, com impactos na Cisjordânia, Líbano, Síria, Iémen e Iraque, além de ter gerado temores de uma guerra direta entre Israel e Irã.
O acordo incluiria, inicialmente, a libertação de 33 reféns, entre eles mulheres, crianças, soldados e pessoas doentes, bem como a libertação de mil palestinos. O governo israelense também se comprometeria a retirar gradualmente algumas de suas forças de Gaza.
Segundo fontes palestinas próximas às negociações, se tudo ocorrer como o esperado, o acordo poderá ser formalizado ainda nesta terça-feira.
