Na última quinta-feira (16), a Vara da Infância, Adolescência e do Idoso de Campo Grande (MS) promoveu, no Tribunal do Júri, uma reunião com as equipes multidisciplinares das instituições de acolhimento e do programa de acolhimento familiar. O encontro, coordenado pelo Projeto Padrinho e pelo Núcleo de Orientação e Fiscalização de Entidades, contou com a presença da magistrada Katy Braun do Prado. O objetivo foi capacitar os profissionais para aprimorar o atendimento e os cuidados com as crianças e adolescentes.
Além das equipes de acolhimento, participaram membros do Núcleo de Adoção e da Secretaria Municipal de Assistência Social, com a participação de sua equipe de alta complexidade. A reunião abordou temas essenciais, como protocolos de acolhimento, prazos para a elaboração de planos individuais de atendimento, além de orientações práticas e um balanço das atividades de 2024. Também foi discutido o planejamento estratégico para 2025, visando melhorias contínuas no processo de acolhimento.
Um dos principais tópicos foi a capacitação dos técnicos sobre os efeitos do uso excessivo de telas em crianças e adolescentes. A psicóloga Bruna Dequech, voluntária do Projeto Padrinho, conduziu uma palestra sobre os impactos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos, destacando os prejuízos no desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos jovens. Durante a capacitação, foi sugerido que os profissionais incentivem atividades ao ar livre, promovendo o contato com a natureza e o desenvolvimento de habilidades sociais.
Outro momento importante foi a apresentação de dois projetos inovadores por instituições de acolhimento. A organização Atos de Amor apresentou o programa “Construindo uma nova família: gerando vida e esperança”, que visa sensibilizar famílias sobre a importância de criar lares amorosos e estruturados para crianças e adolescentes. A Casa da Criança Peniel, por sua vez, compartilhou o projeto “Acolhendo Famílias”, com foco no fortalecimento de vínculos familiares e na reintegração familiar para adoção.
A juíza Katy Braun do Prado enfatizou a relevância da colaboração entre a Justiça, as instituições e a sociedade civil, ressaltando que a união de esforços é essencial para qualificar o atendimento às crianças e adolescentes. “A troca de ideias e experiências fortalece nosso compromisso com a proteção integral e renova a esperança de que todas as crianças acolhidas encontrem um lar seguro e acolhedor”, afirmou.
O balanço de 2024 mostrou avanços significativos no acolhimento e nas adoções seguras, enquanto o planejamento para 2025 visa implementar estratégias inovadoras e humanizadas, buscando sempre o melhor para as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.