A Câmara Municipal de Campo Grande inaugurou novos canais de comunicação para que a população possa registrar denúncias relacionadas ao consórcio Guaicurus, responsável pela operação do transporte público na Capital. A medida busca fortalecer os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público, que foi criada com o intuito de fiscalizar a execução do contrato e a qualidade dos serviços prestados à população.
Esses canais de denúncia estão disponíveis para que os cidadãos possam colaborar na apuração de possíveis irregularidades, com o objetivo de melhorar o sistema de transporte coletivo da cidade. As denúncias poderão ser enviadas de forma simples e acessível por meio do WhatsApp (67) 3316-1514, pelo e-mail [email protected], ou, de forma anônima, por um formulário que estará disponível no site oficial da Câmara Municipal.
A criação desses canais foi decidida após a primeira reunião da CPI, realizada na última segunda-feira (24). A relatora da Comissão, vereadora Ana Portela (PL), destacou a importância de garantir o sigilo para os denunciantes. “É fundamental que a população saiba que está assegurado o anonimato para quem desejar apresentar informações sem se identificar”, afirmou Portela.
O presidente da CPI, vereador Dr. Lívio (União), enfatizou que os canais de comunicação são essenciais para receber denúncias tanto de usuários quanto de trabalhadores do transporte público, e que a confidencialidade será preservada. “Nosso foco na primeira semana será estruturar o trabalho da CPI e atender aos requerimentos dos demais vereadores”, explicou Lívio. A Comissão também conta com a participação dos vereadores Júnior Coringa (MDB), Luiza Ribeiro (PT) e Maicon Nogueira (PP).
O presidente da Câmara Municipal, vereador Epaminondas Neto, conhecido como Papy, destacou a importância de dar voz à população. “A ouvidoria foi criada para que as pessoas possam se manifestar, seja por meio de reclamações ou denúncias. Quanto mais amplo for o debate, melhor será para a população. É fundamental que o Consórcio Guaicurus se posicione, explique a falta de investimentos, a falta de novos ônibus e a baixa qualidade do serviço prestado”, comentou Papy.
A CPI do Transporte Público tem um prazo de 120 dias para investigar questões como a idade e o estado de conservação da frota de ônibus, a utilização de subsídios públicos concedidos à concessionária e a fiscalização realizada pela Prefeitura, por meio da Agereg e da Agetran, após o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) firmado com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), em novembro de 2020.