Aumento de casos de Dengue e Chikungunya em áreas rurais de MS preocupa autoridades de saúde

Geral

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES), realizou um mapeamento detalhado que apontou um aumento significativo nos casos de dengue e Chikungunya nas áreas rurais do Estado. O objetivo principal do levantamento é identificar os focos de transmissão dessas doenças, permitindo que as equipes de saúde municipais desenvolvam e implementem ações de controle mais eficazes e adaptadas às especificidades de cada localidade.

Jéssica Klener, gerente de Doenças Endêmicas da SES, ressalta a importância de uma identificação precisa dos focos: “Este é um passo fundamental para garantir a implementação de ações rápidas e específicas, com o intuito de reduzir os impactos dessas doenças na população.”

O aumento da incidência de casos nas áreas rurais gera grande preocupação, especialmente considerando que a extensão territorial dessas regiões é bem maior em comparação às zonas urbanas. Esse fator dificulta a aplicação de medidas de controle eficazes e amplia os desafios enfrentados pelas autoridades sanitárias no combate às doenças.

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) revelou que a dengue já está presente em 19 assentamentos, 17 aldeias e 130 fazendas e sítios. Esses dados evidenciam a ampla disseminação dos focos nas áreas rurais, o que torna ainda mais complexa a implementação de um controle eficiente em regiões tão vastas. Além disso, em algumas localidades, a falta de endereços claramente definidos agrava a dificuldade de identificar com precisão os focos de transmissão, tornando essencial um trabalho contínuo e direcionado de monitoramento.

Os municípios com os maiores números de casos confirmados de dengue na área rural incluem Miranda (53), Aquidauana (19), Sete Quedas (11), Chapadão do Sul (8), Aparecida do Taboado (8) e Paraíso das Águas (7). Nas aldeias indígenas de Miranda e Aquidauana, a concentração de casos é particularmente alarmante, exigindo atenção especial para a saúde dessas comunidades.

Chikungunya nas áreas rurais

Em relação à Chikungunya, os municípios com maior número de casos confirmados na zona rural são Maracaju (19), Tacuru (8), Dois Irmãos do Buriti (7), Bonito (6) e Pedro Gomes (5). Em Maracaju, 22,6% dos casos notificados foram positivos para a doença. A SES também registrou casos esporádicos em outras áreas rurais, como Sonora (1), Paranaíba (2), Ponta Porã (1), Dourados (1), Vicentina (1), Amambai (1) e Itaquiraí (1). Infelizmente, também foi registrado um óbito devido à Chikungunya, ocorrido em Dois Irmãos do Buriti.

A secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, destaca a importância do mapeamento para uma abordagem mais precisa e eficiente: “É fundamental que as equipes de saúde identifiquem corretamente os focos de transmissão para desenvolver estratégias de controle eficazes nas áreas rurais.”

Ela acrescenta que o mapeamento permite alocar os recursos de saúde de forma mais eficiente e garante que as intervenções sejam mais eficazes, o que, por sua vez, resulta em um impacto positivo na saúde da população. Além disso, Crhistinne reforça que o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças, depende da colaboração de toda a comunidade. A conscientização e o engajamento contínuos da população são essenciais para evitar novos surtos.

Controle e prevenção

A SES orienta os municípios a intensificarem as campanhas de conscientização e a realização de mutirões para eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti. Além disso, é fundamental o reforço no atendimento nas unidades de saúde, especialmente nas áreas mais afetadas pelas doenças.

A Secretaria continuará a monitorar de perto a evolução dos casos, mantendo uma parceria estreita com as prefeituras para intensificar as ações de prevenção e controle, com o objetivo de minimizar os impactos das doenças e proteger a saúde da população.

Deixe um comentário