A Semana Epidemiológica 10/2025, referente ao período de 2 a 8 de março, revelou um aumento significativo nos casos e óbitos por Covid-19 no Brasil. A média móvel de casos registrou um crescimento de 5,09%, enquanto a de óbitos aumentou 37,5% em comparação à semana anterior. Até o dia 8 de março de 2025, o país havia notificado 148.328 casos e 891 mortes causadas pela doença. Em Mato Grosso do Sul, a situação se mantém em alerta, com risco ou alto risco de novos casos, com a tendência de crescimento no longo prazo (leia mais aqui).
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, as unidades da federação (UFs) com as maiores taxas de incidência, variando de 14,7 a 106,1 casos por 100 mil habitantes, incluem Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins, Distrito Federal e Roraima.
Durante a Semana Epidemiológica 10/2025, o Brasil notificou 11.467 novos casos de Covid-19, resultando em uma incidência de 5,37 casos a cada 100 mil habitantes. Além disso, foram registrados 193 óbitos no período. O documento também destaca que, até essa data, o país notificou 7.009 casos hospitalizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025, com a identificação de vírus respiratórios.
Entre os vírus monitorados, o vírus sincicial respiratório (VSR) continua apresentando tendência de alta, especialmente entre os casos de SRAG. O informe revelou que, nas semanas epidemiológicas 8 a 10, o VSR foi responsável por 26% dos casos, seguido pelo rinovírus (30%) e pela Covid-19 (29%). Em relação aos óbitos por SRAG, a Covid-19 foi a principal causa, responsável por 83% das mortes.
O relatório também alerta para uma instabilidade no sistema de notificação de dados, que resultou em um atraso na atualização de informações em alguns estados, como Acre, Ceará, Piauí, Paraná e Rondônia.
O Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz, apresenta dados preocupantes sobre a incidência de SRAG em dez unidades da federação. Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins estão em níveis de alerta, risco ou alto risco, com tendência de aumento no longo prazo.
Os estados do Norte e Centro-Oeste, em particular, registram crescimento de casos, com destaque para a faixa etária de crianças até 14 anos. No Distrito Federal e Goiás, o aumento de SRAG em crianças de até dois anos está diretamente relacionado ao VSR. Para os idosos, a incidência de SRAG associada à Covid-19 é moderada nos estados de Mato Grosso e Tocantins, com tendência de crescimento apenas em Tocantins.
Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil