Ceasa/MS Registra Crescimento de 105% nas Importações de Frutas em 2024

Economia

Em 2024, a Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa/MS) teve um aumento expressivo de 105% no volume de produtos importados. A instituição recebeu um total de 1.044 toneladas de frutas e hortaliças provenientes do exterior, conforme dados da Divisão de Mercado e Abastecimento (Dimer). Este volume representa mais do que o dobro do que foi registrado no ano anterior, quando a Ceasa recebeu 507 toneladas de produtos importados.

A maçã foi o item mais importado, com 536 toneladas provenientes de países como Itália, Chile, Portugal e Argentina. O alho, com 217 toneladas, e a pera, com 111 toneladas, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, na lista de produtos importados.

A maçã é a fruta com maior volume de importação – Foto: Reprodução/Web

Entre as peras, destaca-se a variedade Pera Asiática Singo Pear Premium, que se caracteriza pela doçura e pelo formato que lembra uma maçã. Além dessas frutas, a Ceasa também importou outros itens, como 160 quilos de cereja e 58 quilos de figo da Argentina, além de 20 toneladas de kiwi vindas da Grécia.

No total, a Ceasa/MS importou 11 produtos, sendo apenas dois hortaliças: além do alho, foram importadas 26 toneladas de cebola. A Itália foi o principal país fornecedor, com 364 toneladas de produtos enviados, seguida pela Argentina (241 toneladas) e pela Ceagesp (119 toneladas). Outros fornecedores notáveis incluem o Chile, com 116 toneladas; a Espanha, com 90 toneladas; Portugal, com 70 toneladas; e a Grécia, com 20 toneladas.

Além das frutas mais comuns, a Ceasa/MS também trouxe frutas exóticas, como pitaya, mangostim, rambutã, nêspera, physalis e mirtilo, de várias partes do mundo. Esses itens são fornecidos para supermercados e hortifrútis do estado, atendendo à crescente demanda por variedades mais diversificadas.

Demanda por Produtos Importados

A procura por frutas importadas é impulsionada pela demanda do mercado local por variedades que não são produzidas no Brasil ou que estão fora de temporada. André Vasconcelos, um dos principais importadores da Ceasa, explica que a oferta de maçãs nacionais é maior que a da maçã Red Delicious, vinda da Argentina, mas a preferência de certos clientes pela variedade importada justifica a necessidade de importação.

“Para garantir um ciclo de frutas o ano inteiro, algumas variedades precisam ser importadas, como o pêssego, ameixa e nectarina, que vêm da Argentina e do Chile quando a safra brasileira se encerra”, afirmou.

Logística

A importação de frutas exige uma logística meticulosa. Após a chegada das mercadorias, as frutas passam por um rigoroso processo de seleção e são acondicionadas em caixas especiais, que protegem os produtos contra danos durante o transporte. Elas são armazenadas em câmaras refrigeradas, garantindo que o frescor e a qualidade sejam preservados, mesmo após a longa viagem internacional.

No total, produtos importados de outros estados e do exterior representaram 86,83% de todo o volume comercializado na Ceasa/MS em 2024, o que equivale a 188 mil toneladas. Isso reflete um aumento em comparação com 2023, quando foram comercializadas 216 mil toneladas de hortifrúti, o que representou um crescimento de 3,1% em relação ao ano anterior. São Paulo, com 64 mil toneladas, foi o maior fornecedor de mercadorias para a Ceasa, seguido de Minas Gerais, com 32 mil toneladas, e Mato Grosso do Sul, com 28,5 mil toneladas.

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